quinta-feira, 29 de março de 2012

Eu não sou HOMOFÓBICO!!!

HOMO: antepositivo, do grego homós, ê, ón 'semelhante, igual'; 
FOBIA: phóbos,ou 'ação de horrorizar, amedrontar, dar medo' 
Fonte: Dicionário Houaiss. 
Portanto, ou é falta de inteligência, ou falta de conhecimento da Língua Portuguesa ou estão agindo de má fé, os grupos que apoiam a causa dos homossexuais. Inclusive o deputado Jean Wyllys, como escritor e colunista de uma importante revista brasileira deveria saber usar as palavras corretamente.
A palavra HOMOFOBIA, literalmente, significa ter medo de algo ou alguém que é semelhante. O problema é que há um jogo de palavras (nem quero discutir quem criou esse jogo) querendo passar a idéia que, quem não concorda com a prática homossexual, é alguém que odeia os gays, as lésbicas, os travestis e por aí vai. Infelizmente a falta de conhecimento da maioria da população brasileira acaba provocando esse tipo de coisa.  Eu não tenho medo nem de quem é igual a mim, nem de quem é diferente de mim. E jogar com as palavras, principalmente para manipular a massa, é um desrespeito muito grande com a população.
Agora, sejamos objetivos - e gostaria que alguém que milita a "causa gay" me respondesse - qual é o problema de me manifestar contrário à prática homossexual? Se eu não concordo com a prática educacional do colégio do meu filho, eu não poderia questionar a direção do colégio? Se eu não concordo com a maneira do síndico do meu prédio administrar o condomínio, não posso expor minha opinião a ele? Se eu não concordo com a prática homossexual, eu não posso expressar minha opinião? Lembro-me de um professor de ginástica olímpica em um dos colégios onde lecionei que era gay. Conversávamos muito, tínhamos gostos parecidos para música e gastronomia. Sempre deixei claro que era contrário a essa prática homossexual, que não achava correto o jeito dele ser e viver e nunca houve problema na nossa relação de amizade. Tive um professor no cursinho que também é gay e quando, vez ou outra nos encontramos, damos boas risadas um com o outro e nada nos atrapalha. Ele sabe que não concordo com suas atitudes e opiniões e não somos agressivos um com o outro.
Então, não me chamem de HOMOFÓBICO, pois não tenho medo de ninguém que seja semelhante a mim. Não tenho medo nem de heterossexuais, nem de homossexuais. Apenas discordo de um tipo de comportamento, mas não tenho fobia de ninguém.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Meu grito de indignação

Sempre me propus a escrever sobre Teologia, Música e Ciência. Mas estou indignado com as coisas que ocorrem na política brasileira. Por causa disso, vai aí meu grito de indignação contra o que está acontecendo na política brasileira.


            Eu sou brasileiro, mas em alguns momentos gostaria de ser suíço, ou austríaco, ou ainda canadense. Não sou um brasileiro ufanista, mas reconheço que os brasileiros têm qualidades que um suíço, austríaco ou canadense não possuem. Acho que somos mais espontâneos, mais alegres, mais descontraídos, talvez até mais criativos. Sem dúvida nenhuma, temos nossas qualidades, mas acho que nossos defeitos e problemas estão superando essas qualidades.
            Um dos problemas que temos chama-se políticos. Essa classe de trabalhadores do Brasil não é um bom exemplo a ser seguido. Muitos de nós nem os considera como trabalhadores. Pelo menos não são como a maioria da população, inclusive aqueles que exercem sua cidadania votando neles. Infelizmente passamos por um momento na nossa história marcado por uma descrença na classe política em rápida elevação.
            Eu não aguento mais a desfaçatez dos políticos brasileiros. Não suporto mais a “cara de pau” da maioria deles em não se lembrar daqueles que os elegeram. Minha paciência está no limite para fatos como nepotismo, fisiologismo, falcatruas, enriquecimento ilícito, preguiça, enrolação, tentativas de enganar os outros.
Um trabalhador normal tem um salário regulado por outras pessoas que não o próprio beneficiário. Os políticos decidem qual é o salário que eles devem receber. Dificilmente eles reconhecem que já possuem um bom salário. Um trabalhador comum tem só 13º salário. O Senado Federal quer ter 14º e 15º salários. O meu medo é que ninguém pode impedi-los de votar isso. E tenho mais medo ainda porque duvido que alguém no Poder Legislativo ou no Poder Judiciário vai se levantar contra esse absurdo.

Vossa Excelência Presidente da República Dilma Rousseff, levante-se contra esse acinte à população brasileira. Por favor, lembre-se dos policiais, médicos, professores, metalúrgicos, empregadas domésticas, lixeiros, aposentados, motoristas do transporte público. Peço-lhe encarecidamente que se volte para a maioria de seus eleitores, formada por gente que trabalha de 5 a 6 dias por semana, que se desloca de ônibus, trens, carroças ou a pé para seu trabalho. Impeça que os políticos – classe a qual Vossa Excelência faz parte – tenham autoridade suficiente para determinar seus salários. Meu apelo é que Vossa Excelência resista na trincheira daquele que depende do seu 13º salário para ter uma ceia de final de ano.

Para quem podemos apelar? Em quem votei para prefeito na minha cidade, abriu mão da prefeitura para se candidatar a Governador. Depois de eleito, ele desistiu do governo do Estado para se candidatar a Presidente da República. Não venceu, porque, inclusive nessa eleição, eu votei em Dilma Rousseff.
Para quem podemos apelar? O vereador em quem votei também deixou a Câmara Municipal para se candidatar a Deputado Estadual – votei nele de novo, mas fiquei chateado pelo que ele fez. O candidato em que votei para Deputado Federal concorda com tudo o que a maioria dos políticos está fazendo. Estou decepcionado com ele e com todo o seu partido de trabalhadores: não me sinto representado por ele. Nunca fui consultado por ele nas votações em que ele participa em Brasília. A mulher em que votei um dia preferiu me mandar “sentar e gozar” a resolver o problema para o qual ela foi designada.
A corrupção está impregnada no DNA das instituições públicas. Não há uma semana que passe sem escândalos, maracutaias e negociatas. A imensa maioria dos ministros esteve envolvida em problemas financeiros. Se fossem pessoas cuidadosas, recatadas e prudentes não haveria nada a ser dito contra eles. Ainda que sejam honestos, que não tenham participações nos crimes que foram acusados suas imagens estão arranhadas. Eles deveriam ser mais zelosos.
Eu não aguento mais. Não tenho mais paciência. Não suporto mais. Sinto-me envergonhado e não quero mais votar em ninguém. Não acredito mais na classe política. Desconfio de todos que querem se eleger para algum cargo político. Não confio no discurso deles. Desconfio dos políticos que são eleitos. Antes de ganharem as eleições eles têm uma postura. Depois de eleitos, eles mudam completamente de postura. Não tenho vontade de conhecer nenhum político. Não quero me encontrar com nenhum deles. Não faço questão conhecê-los e, ainda que esforce, não consigo perceber boas intenções nas ações deles.
O que eu quero mesmo, se me fosse possível, mudar para a Suíça e me naturalizar suíço.

sexta-feira, 16 de março de 2012

O comércio do Evangelho

Em tempos de crise teológica, a Igreja fica exposta a todo tipo de influência. Para sermos influentes, para sermos reconhecidos, para sermos abençoados precisamos usar as regras do "mercado gospel". Sim, senhores!!! Os evangélicos têm um mercado próprio, focado e direcionado para pessoas ávidas em consumir. A regra da humildade ensinada por Jesus está esquecida.

Hoje recebi um email - na verdade, um spam - de uma empresa se oferecendo para hospedar um site que eles imaginaram que eu gostaria de ter. O assunto do email é ABENÇOE O SEU MINISTÉRIO. O meu ministério é abençoado primariamente por Deus e, secundariamente, por Deus através de pessoas que Ele mesmo coloca em meu caminho.

Ao abrir o email, a chamada é SEJA VISTO! INFLUENCIE SEU PÚBLICO! MOSTRE SEU PROFISSIONALISMO! Eu não sou pastor profissional e nem músico profissional para influenciar meu público pela internet. Há quem diga que se Jesus viesse hoje, Ele usaria a internet, satélites, mídia impressa, mídia eletrônica e tudo que estivesse à disposição. O que eu sei é que Ele disponibilizou os corações das pessoas e usou essas pessoas para a Sua obra. Sinceramente não sei se Ele seria uma pessoa antenada nas últimas tendências. Dos pastores sérios que eu conheço, nenhum é profissional. Profissionais que choram, sofrem, se humilham, dão a cara pra bater são os atores e atrizes. Pastores sérios não representam suas emoções.

TENHA UM SITE E SAIA NA FRENTE! O "mercado gospel" é isso mesmo: se o pastor não sair na frente, vem outro e rouba a sua ovelha. Se o seu nome não brilhar, se o seu site não for o mais moderno, se o seu nome não estiver numa fonte maior que o do outro, você já sai perdendo. Não importa se sua pregação é bíblica, teocêntrica e cristocêntrica... Sua pregação tem que emocionar, arrebatar as pessoas, arrancar lágrimas, caso contrário, vão dizer que o culto não foi abençoado. Um pastor muito próximo passou "poucas e boas" com algumas mulheres da sua igreja quando ele pregou sobre casamento. Bastou ele dizer que as mulheres precisam ser submissas aos seus maridos! Várias delas o procuraram para reclamar da abordagem machista, preconceituosa e antiquada que ele fez. Eu acho que elas devem se pautar por alguma literatura mais moderna... a Revista Caras talvez!

APAREÇA E CONQUISTE SEU LUGAR! A maioria dos ministérios evangélicos hoje se esqueceu do "importa que ele cresça e que eu diminua". Se o pastor de hoje não fincar sua própria bandeira em seu território ela vai ser vencido na guerra pelas pessoas. Hoje, infelizmente, ganha quem conquista, quem vence, quem não tem dificuldade. As igrejas locais estão cheias de gente vencedora, que ultrapassa seus limites, que anda sobre o mar, que não vê desafios e obstáculos pela frente. O pastor precisa aparecer e usa Jesus Cristo como ponte para isso. Não é Jesus que aparece, é o estilo do pastor.

A propaganda acaba com esta pérola: NÃO PERCA ESTA OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO MINISTERIAL! Pra que leitura bíblica, oração, estudo dedicado, comunhão com os santos? Pra que dedicar-se em "crescer na graça e no conhecimento"? Nada disso. O crescimento ministerial é através do website que você montar e ficar sendo visto 24 horas por dia em qualquer canto do mundo. O pior de tudo é que se tem uma empresa que faz esse tipo de propaganda para os pastores é porque tem pastores que fazem uso desse serviço pensando que está fazendo a coisa certa.

Pela empresa não sinto nada - ela está cumprindo seu papel. Desse tipo de cristianismo comercial e que comercializa a obra de Jesus Cristo tenho nojo!!!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Confissão de Fé Batista de 1689 - Um resumo

Em abril de 1995 conheci a Confissão de Fé Batista de 1689. Sete anos antes já havia conhecido a Confissão de Westminster. Quando li a Confissão Batista achei que fosse uma cópia da outra. Na verdade, naquela época a sã doutrina estava mais preservada entre os cristãos.

Pouco tempo depois, me deparei com um resumo da Confissão Batista em inglês que resolvi traduzir para mim. Hoje procurei o resumo em inglês e não achei. Mas mesmo assim foi publicar a tradução que fiz. Trata-se de um bom resumo daquilo que acredito ser a essência das Escrituras.

1.      Eu creio no verdadeiro e vivo Deus, que subsiste em três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É invisível, pessoal, onipresente, eterno, não dependente de ninguém, imutável, sincero, digno de confiança, poderoso, soberano, onisciente, justo, santo, bom, amoroso, misericordioso, longânimo e gracioso.
2.      Eu creio que o Deus todo-poderoso revelou tudo que é necessário para a vida e salvação nos 66 livros das Sagradas Escrituras, que são a Palavra de Deus. Toda a Escritura foi dada por inspiração de Deus, é infalível e inequívoca e o árbitro final em todas as discussões. Sua autoridade é derivada do Seu autor e não das opiniões dos homens.
3.      Eu creio que Deus criou o nosso primeiro pai Adão perfeito, santo e íntegro. Ele foi colocado como representante e cabeça da raça humana, de tal modo a expor todo sua descendência aos efeitos da sua obediência ou desobediência às ordenanças de Deus.
4.      Eu creio que Adão caiu de sua justiça original em pecado e trouxe sobre si mesmo e toda sua descendência morte, condenação e pecado.
5.      Eu creio que é completamente impossível ao homem decaído, por si mesmo, amar a Deus, guardar Suas leis, entender o evangelho, arrepender-se dos pecados ou crer em Cristo.
6.      Eu creio que Deus, antes da fundação do mundo, para Sua própria glória elegeu um inumerável número de homens e mulheres para a vida eterna como um ato da Sua livre e soberana graça. Essa eleição não foi, de maneira nenhuma, dependente de Sua previsão de fé do homem, ou sua decisão, obra ou méritos.
7.      Eu creio que Deus enviou Seu Filho ao mundo, concebido da virgem Maria pelo Espírito Santo, sem pecado, sendo Deus e homem, nascido sob a Lei para viver uma vida de justiça em favor do Seu povo eleito.
8.      Eu creio que o Filho de Deus morreu na cruz do Calvário para efetuar propiciação, redenção, reconciliação e expiação para Seu povo eleito. Deus propiciou evidência para a Sua aprovação da obra de Seu Filho ressuscitando-o dos mortos.
9.      Eu creio que o Filho de Seus ascendeu à destra do Pai e está entronizado em glória, onde intercede em favor do Seu povo e governa todas as coisas para Sua própria glória.
10.  Eu creio que Deus, o Filho, enviou o Espírito Santo para atuar em consonância com a pregação da Palavra. O Espírito Santo regenera o pecador eleito e o atrai à fé em Deus de maneira irresistível.
11.  Eu creio que os eleitos, aqueles que são cheios por graça, são justificados aos olhos de Deus de acordo com a justiça de Cristo imputada a eles, que é recebida apenas por fé.
12.  Eu creio que todos aqueles que são chamados, regenerados e justificados serão preservados em santidade e nunca cairão do seu estado de graça.
13.  Eu creio que o batismo por imersão e a ceia do Senhor são ordenanças do evangelho pertencentes apenas aos regenerados.
14.  Eu creio que a igreja local está sob autoridade apenas de Jesus Cristo. A comunhão dos santos, contudo, requer reconhecimento e relacionamento com outras igrejas.
15.  Eu creio que o Senhor Jesus Cristo voltará para ressuscitar os mortos, justos e injustos e que os justos se regozijarão na vida eterna e que os injustos receberão sua condenação por toda a eternidade.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Fui eleito, mas sem merecer essa eleição!


            Estou ensaiando escrever uma série de textos explicando como creio na Bíblia. Não que eu tenha que explicar algo para alguém. Mas esse blog surgiu de uma necessidade minha de pensar nas coisas da minha vida e é só por isso que eu escrevo. Se Deus quiser usar isso para abençoar alguém, que Ele fique à vontade.

            Esforço-me para entender tudo o que leio, mas devo confessar minha limitação em compreender certos textos. Minha dificuldade é em perceber a realidade da metáfora. Gosto de textos que não enrolam, que vão direto ao ponto. E um bom exemplo é um dos textos últimos textos que li nesta semana. E essa leitura motivou iniciar a série de textos sobre o que e como creio a Bíblia Sagrada. Se quiser saber que texto é esse, é só clicar aqui.

            Creio vigorosamente que nós só amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro (1 João 4:19). Não tivesse Ele me chamado e me atraído (Jeremias 31:3), eu não O procuraria. Como as coisas dEle são entendidas espiritualmente (1 Coríntios 2:14) e eu estava morto espiritualmente em meus pecados (Efésios 2:1), eu não entendia os apelos da Palavra de Deus para me aproximar dEle, depender dEle, buscar o Seu perdão, agradá-lO e buscá-lO.

            Quando entendi a mensagem do Evangelho e o que Jesus Cristo significava para mim, não pude fazer outra coisa: tive que reconhecer minha pecaminosidade, que viva afrontando a Deus, que carecia do Seu perdão e que absolutamente incapaz de me aproximar dEle por conta própria. Quando compreendi que era impossível eu desejá-lO antes que Ele me desejasse, passei a amá-lO e querer agradá-lO. E esse é o ponto.

            Antes de eu querer seguir a Jesus Cristo, Ele escolheu me chamar para andar perto dEle. Antes de querer amá-lO, Ele resolver me amar. O que quero dizer é que eu nunca aceitei a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, Ele é que aceitou como um pecador remido e arrependido, convencido por Sua bondade (Romanos 2:4). Ora, por que eu deveria aceitar a Jesus se Ele nunca fez nada contra mim! Por que sou eu que devo aceitá-lO? O errado nesta relação sou eu. O pecador que afrontou o Senhor dos senhores sou eu. Ele não me fez nada de errado para que fique pacientemente – ou amorosamente, se quiser – esperando a minha decisão de querer algum relacionamento com Ele. Sobre a minha vontade de segui-lO Ele já deu o veredicto (João 5:40).

            A eleição de Deus, ao contrário do que muitos pensam, não transforma o eleito numa pessoa especial dentro da raça humana. Quando entendemos corretamente o fato que Deus nos amou sendo nós ainda pecadores (Romanos 5:8), reconhecemos que não tínhamos nada a oferecer a Ele em troca da nossa eleição. Quem de fato reconhece o seu pecado e credita sua salvação exclusivamente à obra de Deus não fica achando que “haver alguma lista com os especiais”. Especial é Jesus Cristo que resolveu tomar a minha forma pecadora e vencer o pecado por mim e para mim.

            Comparar a eleição de Deus com a mitologia, em que os deuses tinham seus privilegiados por mero capricho e ciúmes, é um crime teológico e intelectual. O Deus apresentado nas Escrituras é bem diferente da mitologia. Ele não age de modo caprichoso e com um ciúme piegas, protegendo os seus queridinhos. Dizer que Davi se achava a “última bolacha do pacote” é ridículo e desvirtuar o texto sagrado. Davi era sim um homem do “cotidiano, banal e ordinário”. Ele era tão banal que nem reconheceu que o profeta falava dele mesmo (2 Samuel 12:1-10). Ele era um homem comum escolhido por Deus. Assim como eu: um pecador indigno que não merecia nada da parte de Deus, mas que Ele resolveu amar.

            Chamar os eleitos de Deus de soberbos é demonstrar uma mentalidade curta, pequena e despreparada. Gostaria que me apresentasse algum pregador que considere a eleição de Deus e que se considerava soberbo. É uma pena tratar homens e mulheres que se reconheciam como o pó da terra como se fossem soberbos. A doutrina da eleição, devida e honestamente entendida, não traz soberba ao coração. Pelo contrário, quando reconhecemos que somos salvos apenas porque Deus quis nos salvar, somos obrigados a reconhecer a nossa nulidade diante da nossa incapacidade de nos salvarmos.

            Nós não podemos nada contra a verdade, a não ser, sermos a favor dela (2 Coríntios 13:8). Se a Palavra de Deus nos chama de “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (1 Pedro 2:9), é arrogância aceitarmos essas denominações? Insisto, quem realmente conhece a doutrina da eleição, não sai por aí dizendo que é o melhor de todos. Ao contrário. A doutrina da eleição humilha de tal maneira o homem que o faz dependente de Deus do início ao fim na salvação de sua alma.

            Quando me perguntam se acredito em destino, respondo que sim e que meu destino é com “D” maiúsculo, “D” de Deus. Se Deus não é Senhor do destino, então Ele foi pego de surpresa ao longo da história? Jesus estava destinado a ser o Cristo e a morrer na cruz como o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Afinal de contas Ele é o cordeiro que morreu antes que o mundo existisse (Apocalipse 13:8). Mas o fato de todos os meus dias terem sido escritos (Salmo 139:16) não significa que Deus tenha me feito um robô sem a capacidade de expressar minha vontade. Lógica de Deus!

            Como eleito de Deus não trago o “rei na barriga”, tenho o Rei dos reis no meu coração. E Ele só está no meu coração porque Ele quebrou a pedra do pecado que fechava a porta dela. Glórias e graças somente a Ele. Ele é tudo, eu sou nada. Só Ele pode. Eu sem Ele não posso nada.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sua igreja tem problemas? Você não conhece a igreja da irmã Cloé.

A igreja que frequento tem uma série de problemas – eu sou um deles! Mas todos os problemas que eu enfrento lá são “fichinha” perto dos problemas abaixo. Se você é um cristão sério, compare com os problemas da sua própria igreja.

1.    Na igreja de Corinto tinha um grupo de gente que gostava mais de Apolo; outro grupo que gostava mais de Paulo; outro grupo que gostava mais de Cefas e um grupo pior ainda, que não considerava nenhum líder espiritual, eles eram do grupo de Cristo (1 Coríntios 1:11-12).


2.    A igreja toda sabia do caso de um homem que mantinha relações sexuais com sua madrasta e ninguém fazia nada, ou seja, havia imoralidade sexual e conivência na igreja de Corinto (1 Coríntios 5:1-2).


3.    Havia dois membros da igreja de Corinto que foram parar na justiça, discutindo “questões desta vida” (1 Coríntios 6:1-3). O apóstolo Paulo afirma que a Igreja vai julgar os anjos e o mundo e não é capaz de resolver um problema “pertencente a esta vida” e que essas pessoas foram procurar resolver o problema diante dos infiéis (1 Coríntios 6:4-8).


4.    Havia uma disputa entre os membros sobre a comida oferecida aos ídolos: aqueles que foram alcançados pela graça de Jesus podiam comer esse tipo de comida. Paulo repreende os coríntios alertando que eles estavam discutindo bobamente (1 Coríntios 8:8).


5.    Quando eles se reuniam para comer a ceia do Senhor era uma confusão. Tinha gente que matava a fome comendo loucamente sem se preocupar com o outro e bebendo até se embriagar (1 Coríntios 11:21). Muitos nem sabiam porque estavam ceiando (11:29).


6.    A igreja era rica nos dons espirituais, mas ninguém sabia como usá-los e transformavam o culto, que deveria ser com ordem e decência, numa verdadeira confusão (1 Coríntios 12, 14).


Agora, como você identificaria as pessoas que fazia parte da Igreja de Corinto? Você as chamaria de irmãos em Cristo? Você seria membro dessa igreja? Sabe como Paulo chamou-os em sua carta? Paulo os chamou de “igreja de Deus” e “santificados em Cristo Jesus” (1 Coríntios 1:2).


Não vou mentir nem ser hipócrita – já tive vontade de sair da minha igreja local e ir para outra igreja. Mas será mesmo que os meus argumentos são fortes o suficiente para que eu mude de igreja?


Estou pensando nisso a toda hora! Pense você também!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Os Atributos de Deus - A santidade de Deus


O que torna uma pessoa bela? O que pode ser descrito como beleza no caráter de uma pessoa? Para Pink, a santidade de Deus é a beleza de todos os Seus atributos. Ele cita um puritano inglês, Stephen Charnock: “O poder é a mão ou o braço de Deus, a onisciência os Seus olhos, a misericórdia as Suas entranhas, a eternidade a Sua duração, mas a santidade é a Sua beleza.” Assim como o poder e a sabedoria de Deus são opostos à fraqueza e a loucura dos homens, a Sua santidade é o avesso de todo o declínio moral da raça humana. Deus é tão santo e “tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar...” (Habacuque 1:13).
         A Sua santidade é tão grandiosa que os serafins tiveram que cantar por três vezes essa beleza, “...Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos...” (Isaías 6:3). Inúmeras vezes os salmistas cantaram a santidade de Deus: “...celebrai a memória da sua santidade” (Salmo 30:4); “...a beleza da santidade...” (Salmo 110:3); “adorai o SENHOR na beleza da sua santidade” (Salmo 29:2); “...Deus se assenta sobre o trono da sua santidade.” (Salmo 47:8). Só Deus é santo a ponto de se indignar contra toda a perversidade da humanidade. A santidade de Deus é a coroa das Suas excelências, é a somatória de todos os Seus atributos. De nada adiantaria se Deus tivesse todo o poder e fosse manchado pelo pecado, Ele seria um ditador. Ainda que Ele tivesse todo o amor, mas não fosse santo, esse amor seria mesquinho, egoísta e um amor inglório.
         E a santidade de Deus é percebida em várias ações que Deus toma e em várias das Suas obras. E Pink passa a mostrar algumas faces onde a santidade de Deus se manifesta.
         “Justo é o SENHOR em todos os seus caminhos e santo em todas as suas obras.” (Salmo 145:17). A santidade de Deus se manifesta nas suas obras. Tudo o que Deus fez, o fez perfeito. Depois de cada dia da criação a avaliação dEle “era muito bom” (Gênesis 1:31). Nada do que foi criado foi feito de modo imperfeito ou impuro. Deus impingiu Sua “impressão digital” nas Suas obras.
         A Palavra de Deus é santa, Suas leis são santas. Deus é tão grandioso em Seu caráter e nas Suas determinações que a própria Palavra expressa isso no singular, “...a lei é santa...” (Romanos 7:12). Deus não tem várias palavras que se contradizem a todo instante. Como Sua lei não é manchada pelo pecado, seu caráter santo é expresso por um “mandamento (que é) santo, justo e bom”.
         A santidade de Deus é manifestada na cruz. A necessidade da morte de Jesus Cristo é um dos grandes temas da santidade de Deus. Ele odeia o pecado com um poder tão grande, que o castigou em Seu próprio Filho. Essa é a manifestação mais extraordinária do quanto Deus é santo e do quanto Ele odeia o pecado. Ainda que todos os demônios se reunissem em uníssono num sofrimento eterno, eles não sofreriam o ódio de Deus como Jesus sofreu. Imagine a humanidade na sua pecaminosidade nos dias de Noé; pense no desprezo que Deus deve ter sentido quando Seu templo era profanado pelos povos pagãos; lembre-se da afronta que o Seu povo amado Lhe fez no deserto reclamando do maná que caía do céu, ou das saudades que eles sentiam do Egito. Mesmo que juntássemos todos os eventos pecaminosos bíblicos que suscitaram a ira de Deus, ainda assim, tudo isso não chegaria aos pés do que Ele sentiu na cruz.
         A cruz é a afronta máxima contra a santidade de Deus. Uma vez Ele declarou “toda a alma que pecar, essa morrerá” e, ainda que Jesus Cristo, Seu único Filho, não tivesse cometido pecado algum, ele estava carregando o pecado da humanidade nas suas costas. Ele foi constituído como o nosso representante legal para pagar um preço alto demais, a morte. E porque Deus é santo e intolerante para com o pecado, a Sua santidade foi vindicada na cruz do Calvário. Spurgeon em seu sermão O Precioso Sangue de Cristo afirma que quando Deus enviou Seu Filho para morrer, era Deus dando Deus mesmo para a humanidade. Que preço poderia ser mais alto para enaltecer a santidade de Deus?!
         A distância dos homens em relação a Deus é tão grande que jamais um homem criaria um Deus com a santidade expressa na Sua palavra. O máximo que a humanidade criou foram deuses parecidos consigo mesmos. Mas um Deus que “se ira todos os dias” (Salmo 7:11), um Deus que “odeia todos os que praticam a iniquidade” (Salmo 5:5) não é invenção humana, do mesmo jeito que um lago de fogo e enxofre também não o é. A Palavra de Deus e a cruz expressam um Deus que não pode ser compreendido na Sua integralidade pela mente humana. Muitos são os que acusam a Bíblia de ser invenção humana. Por séculos os homens a tentaram destruir e descaracterizá-la como sendo a fiel Palavra de Deus e nada pode destruí-la, porque o “...mandamento do Senhor é puro...” (Salmo 19:8).

Três afirmações de que Deus e evolução não podem estar juntos

                 Foi com vontade de conhecer como o mundo físico funciona e como Deus criou todas as coisas, especialmente os animais, é que...