segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Sou calvinista, mas não morro de amor pelo calvinismo


Eu não acredito que o cristianismo possa ser medido em estágios de “desenvolvimento intelectual” em que o sistema teológico que eu tenho é mais elevado que outro sistema. Nesse sentido, o calvinismo é um sistema teológico que julgo ser o correto, enquanto o arminianismo, penso eu, está errado.

Um dos pastores que mais admiro, Charles Spurgeon (1834-1892), dizia que arminianos eram hereges. Já pensei dessa forma. Hoje eu não penso dessa forma, mas tenho restrições quanto aos arminianos. Mas também tenho receio de certos calvinistas. Dos arminianos que conheço, para e escuto apenas dois deles. Para mim, quem “encarna” a Jesus Cristo é a Sua Igreja e não sistemas teológicos.

Os demônios não são – e nunca serão – calvinistas. Do mesmo jeito que os arminianos não são demônios. Se os demônios fossem calvinistas eles creriam em Jesus como salvador, mas eles não receberam fé para isso. Eu só amo a Deus porque Ele me amou primeiro. Demônios não amam porque Deus não os ama. Humanos funcionam da mesma forma. 

O reino de Deus não é uma democracia. Se o universo tem um Rei – e tem – e eu faço parte desse reino, eu tenho que me submeter a este Rei. Este Rei é absolutamente soberano no seu reinado e eu sou responsável por viver de acordo com as leis estabelecidas por este Rei. Quem me ensinou isso? O calvinismo! Para mim esse é o sistema teológico que melhor interpreta o que a Bíblia ensina.
Na imagem, Spurgeon por volta dos seus 20 anos pregando na New Park Street Chapel.

Eu já cometi os grandes pecados que os calvinistas mais pecam. Mas aprendi que para todos os meus pecados há perdão em Jesus Cristo. Acredito firmemente que se as pessoas conhecessem o calvinismo, elas se tornariam melhores cristãos e a igreja brasileira seria mais marcante na nossa sociedade. Se somos quase 30% da população brasileira, deveríamos ser mais influentes a ponto de fazer as pessoas conhecerem a Jesus Cristo como Senhor e salvador.

A Igreja de Jesus Cristo é um corpo vivo. Assim a Bíblia o descreve, como também a compara com uma noiva, sendo Jesus Cristo o seu noivo. O Espírito Santo está preparando essa noiva, que ainda é imperfeita, para o grande encontro com seu Noivo. Até lá, tenho que conviver com quem pensa diferente de mim, e vice-versa. Aprendi algo com John Newton (1725-1807) em seu sermão Crescimento na Graça: ninguém é tão sábio que não tenha o que aprender; ninguém é tão estulto que não tenha o que ensinar.

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