domingo, 3 de março de 2013

Jesus não morreu por todos - parte 8



            Owen apresenta um argumento baseado no significado da palavra redenção. Essa palavra aparece na Bíblia por volta de 15 vezes – dependendo da versão que o leitor estiver usando. O significado dessa palavra é fácil de ser entendido. Imagine que há alguém preso por uma dívida qualquer e essa dívida é paga. Quando isso ocorre a pessoa está redimida, ou seja, ela não deve mais nada.

            A salvação do povo de Deus teve um preço a ser pago. Esse preço não podia ser pago por nenhum homem, visto que o pecado impede o homem de se apresentar diante de Deus sem mancha. Além disso, o preço exigido por Deus era alto demais para qualquer homem se aventurar a pagar. O homem não tem a capacidade de cumprir integralmente a lei de Deus e esse era o preço exigido por Deus.

            Assim, o próprio Deus teve que providenciar quem pagasse tal dívida: Ele mesmo pagou a escrita de dívida que nos era contrária (Colossenses 2:14). E o sacrifício de Jesus Cristo foi perfeito porque Ele foi perfeito. Não há o que ser questionado no tribunal de Deus. Não cabe nenhum recurso de apelação. A dívida foi paga de modo cabal, sem que sobrasse nada para o endividado fazer.

            Por causa do sacrifício de Jesus Cristo, e somente por isso, somos redimidos dos nossos pecados. Somos agora tornados livres de toda culpa do pecado. “Por isso, a própria Palavra nos ensina que Cristo não pode ter obtido a redenção para aqueles que não estão livres (...) É inconcebível que um resgate seja pago e a pessoa ainda continue prisioneira.” (p. 47). Não podemos afirmar que Cristo tenha morrido por alguém, se esta pessoa morre presa aos seus próprios pecados. Se de fato Jesus morreu por uma pessoa, ela realmente será salva.

            “Redenção não pode ser universal, como romano não pode ser católico. A redenção tem que ser particular, visto que somente alguns são redimidos.” (p. 48). É importante ressaltar que a palavra “alguns” usada por Owen, não tem a conotação de poucos. Lemos no Apocalipse que o número dos eleitos é da ordem de “milhões de milhões e milhares de milhares” (5:11). Quem morre redimido, morre sem a culpa do pecado nas costas.

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