terça-feira, 4 de outubro de 2011

Será que somos livres? - Parte 2

No início do ano, em março, publiquei a primeira parte desse grande tema, a liberdade humana (Parte 1). Na verdade, essa liberdade humana é muito relativa. Você pode escolher a cor da camisa que quiser, mas, pelo menos, você ficará restrito ao seu gosto pessoal. Você poderá escolher o carro que quiser comprar, mas sua liberdade está restrita à quantidade de dinheiro disponível que você tem.

Quando Adão e Eva foram criados e colocados naquele imenso bosque, eles ainda não tinham experimentado o pecado. Eles ficaram por algum tempo experimentando o que é viver sem dor, sem tristeza, sem medo, sem morte, enfim, eles eram perfeitos. Exatamente feitos à imagem e semelhança de Deus, eles ficaram por algum tempo sem conhecer o mal. Contudo, foram criados numa situaçã condicional, se se mantivessem em obediência, continuariam em estado de perfeição; se desobedecessem, perderiam essa condição e morreriam. E foi isso que aconteceu.

Depois que eles pecaram, eles perderam a semelhança que tinham com o Criador. Eles passaram a conhecer o mal e se tornaram escravos do pecado, realizando suas vontades. E, uma vez mortos em delitos e pecados, perderam a capacidade de decidirem, espontaneamente, se voltar para Deus. Agora, quando o Criador os procurava, eles tinham medo, se escondiam e desconfiavam da presença dEle.

E o testemunho de Jesus Cristo é que as pessoas estão escravizadas pelo pecado e precisam ser libertas (João 8:32) e só Ele pode libertar. Se fôssemos livres Ele não precisaria nos libertar. E por pecarmos, Jesus adverte que somos "servos do pecado" (João 8:34) e é somente pela ação do Filho que verdadeiramente seremos livres (João 8:36). Além disso, em outra passagem conversando com as pessoas, o próprio Pão da Vida afirma que as pessoas não iam até ele por que não queriam e, caso fossem, receberiam vida (João 5:40). Isso significa que as pessoas não têm um desejo natural de se aproximarem de Jesus. 


Já na época do profeta Jeremias ele advertia o povo quanto a impossibilidade das pessoas fazerem o bem sendo ensinados a fazer o mal (Jeremias 13:23). Não se discute atos voluntariosos e benévolos que podemos ter em relação a outras pessoas, atos de caridade, sermos solidários com os pobres, os mais necessitados. Não é de altruísmo o que estou falando. O que está em questão é se o homem tem ou não a capacidade de voltar-se espontaneamente para Deus. A Bíblia diz que não.


A Bíblia deixa claro que existe uma força motriz no coração do homem que o impulsiona para longe de Deus, "...a inclinação da carne é morte... é inimizade contra Deus" (Romanos 8:6-7). E enquanto essa força não for vencida pela ação regeneradora do Espírito Santo, ficaremos escravos do pecado. Não é uma boa educação que nos livrará do pecado. Não seguirmos bons exemplos de conduta e imitarmos o altruísmo de certas pessoas. A liberdade do pecado só é conseguida quando nosso coração de pedra for trocado por um coração sensível à voz do Bom Pastor (Ezequiel 36:26).

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