segunda-feira, 4 de julho de 2011

A Solidão de Deus


Quando vi o título desse capítulo fiquei imaginando o que o autor queria dizer com a expressão A Solidão de Deus. Será que Deus sofria de solidão? Será que Deus Se sentia sozinho e sofria com isso? Logicamente Deus não sofria de nada – era a minha convicção. Deus não poderia sentir falta de nada, afinal Ele é perfeito. Só lendo para saber o que realmente Pink estava pensando.

Ele era consciente da necessidade das pessoas conhecerem a Deus mais profundamente. Já naquela época ele tinha a convicção que o senso comum de quem é Deus é insuficiente para garantir um verdadeiro relacionamento com o Criador. Pelas suas palavras, entendi que é fundamental, para o filho de Deus sair da superficialidade e realmente conhecer Deus a fundo.

“Houve tempo, se é que se lhe pode chamar “tempo” em que Deus, na unidade de Sua natureza, habitava só (...).” Lembro-me do impacto dessas palavras na minha vida. Imaginar que Deus ficou sozinho por uma eternidade inteira dá uma pequena dimensão da grandeza do nosso Deus. Eu me perco em pensar essas coisas.

Como Pink diz, se Deus quisesse poderia ter-nos criado desde sempre, mas não. Por algum período de tempo Ele esteve sozinho sem nenhum anjo a lhe entoar cânticos, sem nenhuma estrela a brilhar no infinito, sem nenhuma criatura a chamar-lhe a atenção. Simplesmente Ele e o resplendor da Sua glória. Esse capítulo bem que poderia se chamar A Autossuficiência de Deus.

E depois que fomos criados, o que Ele ganhou com isso? Absolutamente nada! Ele não fica mais glorioso por causa da nossa adoração. Ele não Se torna mais amoroso por nos ter oferecido Seu Filho por nosso resgate, Ele não Se tornou mais digno de adoração por causa da igreja, “(...)Sua glória não pode ser aumentada nem diminuída.” Ele continua sendo o mesmo Deus de sempre, “(...)completo, suficiente, satisfeito em Si mesmo, de nada necessitando.”

Criar o mundo foi um ato livre de Sua vontade. Ninguém O influenciou, ninguém o pressionou a criar, nem quem deveria ser criado, nem como deveria ser criado. Deus agiu como sempre age, de modo soberano e absoluto. Em uma época que até mesmo o caráter de Deus tem sido relativizado, através de doutrinas estranhas dentro da igreja, Pink nos faz lembrar que Ele “faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade” (Efésios 1:11).

É verdade que Deus é honrado e desonrado todos os dias (Salmo 7:11). É igualmente certo que Jesus Cristo manifestou a glória do Pai (João 1:14). Toda a criação manifesta a glória de Deus, mas isso tem a ver com a nossa relação com Deus e com o reconhecimento da nossa dependência de Deus. Pink nos lembra que Deus poderia ter escolhido continuar sozinho, sem dar a conhecer a Sua glória a ninguém. Ele não carecia da glória das Suas criaturas.

“Ele é solitário em Sua majestade, único em Sua excelência, incomparável em Suas perfeições. Ele tudo sustenta, mas Ele mesmo é independente de tudo e de todos. Ele dá bens a todos, mas não é enriquecido por ninguém.”

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