quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Você ama a justiça de Deus?

Quando o filme Tropa de Elite foi lançado, muita gente saiu do cinema vibrando com a ação dos policiais do BOPE. Lembro-me de muitas entrevistas que vi em que o entrevistado saía do cinema se sentindo vingado. No filme-documentário, os policiais batem e até torturam os bandidos, isso quando eles já não chegam atirando contra os caras. Devo confessar que em muitos momentos durante o filme eu também me senti assim.

A justiça no Brasil é tão carente e deficiente que até em filme, quando os bandidos são punidos, a população vibra e se regozija. É bem verdade que há muito abuso por parte das autoridades instituídas. Mas, creio eu, isso é uma resposta ao abuso que também há da parte dos bandidos. Não sou daqueles que ficam criticando os policiais quando eles são violentos com os marginais. Pelo contrário, acho que toda ação dos bandidos deve ter uma reação à altura por parte da polícia.

Isso posto, gostaria de colocar algumas perguntas sobre o que é justo ou não. Como professor, gosto muito de fazer perguntas e ao pensar nas respostas, penso nos posicionamentos que tenho na minha vida.

· O que você diria ao juiz que condenasse definitivamente o Fernandinho Beira-Mar a acabar seus dias na prisão?

· O que você diria ao juiz que determinasse a devolução de todo o dinheiro desviado nos escândalos mais recentes da política brasileira?

· O que você diria ao juiz que condenasse em definitivo assassinos, estupradores, seqüestradores e ladrões de banco que roubam e matam sem nenhuma piedade de suas vítimas?

· Qual seria a nossa sensação se todo esse tipo de marginal tivesse a sua justa paga pelos crimes cometidos?

Não sei quanto a você, mas quanto a mim, se houvesse justiça exemplar nesse mundo, se cada marginal fosse punido com rigor dentro dos limites das leis estabelecidas e se todos os nossos direitos fossem assegurados, eu seria um homem extremamente feliz. Agora pense um pouco nessa última pergunta que lhe faço: se o Justo Juiz, que é perfeito em Suas decisões, resolvesse punir os pecadores com o que lhes é merecido (Romanos 6:23), qual seria a sua reação, você se alegraria ou ficaria revoltado?



3 comentários:

Jorge Fernandes Isah disse...

Marcos,

ótima reflexão.

Temos de entender que um dos papeis principais do governo não é ficar fazendo assistencialismo barato em troca de votos, nem o mesquinho desejo de se perpetuar no poder, mas o de servir a sociedade, principalmente, na manutenção da lei e da ordem. O estado não tem que ingerir em questões familiares, educacionais, etc. Isso está reservado ao âmbito familiar. O problema é que a família, como instituição, vai sendo destruída pouco a pouco, e hoje é possível se falar em família com conjuges morando separamente, e filhos longe dos pais. A responsabilidade e o dever deram lugar à covardia e à egolatria.
Voltando à questão judicial, por isso Deus instituiu o código mosaíco para Israel, a fim de restringir o mal, punir os criminosos, e salvaguardar os direitos dos cidadãos.
Infelizmente, no mundo atual pós-moderno e marxista, os valores foram invertidos, e o criminoso é visto como um pobre-coitado, o resultado do meio, da injustiça social. Esquecem-se de que todos, sem exceção, somos miseráveis pecadores, e se o estado não se utiliza da prerrogativa de fazer justiça, haverá injustiça. Como Paulo diz em Romanos 1, corromperam o que Deus havia estabelecido como lei para o homem.
Sou teonomista (ainda que seminalmente), e gostaria de ver as leis civis e criminais de Israel aplicadas na sociedade atual, porque elas significam exatamente aplicar a justiça divina. E não veríamos tantos criminosos (inclusive na igreja) se esbaldando impunemente por aqui; pois, certamente, se Deus não os regenerar, serão condenados enfim por toda a eternidade.
Uma boa discussão é quanto à pena de morte. Muitos cristãos não a aceitam, o que não é o meu caso. Mas haveria morte pior do que a separação eterna de Deus?
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
PS: Não assisti ao filme, mas essa ovação em relação à justiça praticada pelos policiais é apenas ficcional ao meu ver. Na vida real, as pessoas estão contaminadas pela mensagem de que todos são bons e podem ser regenerados (especialmente na classe média), de que há salvação na terra para todos. Acontece que sem a ação do Espírito Santo e a proclamação do Evangelho de Cristo não há salvação. Por isso o estado tem de exercer o seu poder judicial de coibir e impedir os crimes. Mas ele mesmo é o perpetuador de muitos deles.

SOLA GRATIA disse...

Querido Marcos,
Bom texto e boa pergunta.

O juíz, das perguntas que você fez, não esquecendo de sua humanidade, não fez mais do que sua obrigação, uma vez que ele cumpriu a lei.

Mas, quando ouvimos que um juíz inocentou os dois pilotos americanos do Legacy, que derrubou o avião da Gol, ficamos revoltados (graças a Deus, essa decisão já foi revogada). Ao questiona-lo, ele diria: "Mas a lei....!!!" apontando os buracos da nossa legislação.

A questão no caso, é que, quem faz as leis, são os homens ímpios (na sua maioria), pecadores e inimigos de Deus. Portanto, as leis humanas estão corrompidos também.

Agora, sobre questão última, a resposta dependerá de quem responde! Essa já é uma questão diferente, pois um ímpio seria indiferente. Ele não pensa em Deus.

Mas entre os crentes, alguns diriam que Deus é justo e outros diriam que Deus é injusto. Estranho não?

Um forte abraço.

Alcançados para Alcançar disse...

Olá,
Faça-nos uma visita!!!

http://alcancadosparaalcancar.blogspot.com/

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Victor e Fernanda

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