Como você reagiria diante de um remédio – novo, recém
elaborado por um laboratório muito grande e conceituado – que curaria as
constantes dores de cabeça que você sente há anos? Todos os estudos, com
animais e humanos, indicam que o remédio é realmente eficaz, mas ele está
começando a ser comercializado agora.
Suponha
que na sua igreja local há um cientista, um biólogo que estuda o comportamento
dos animais. A especialidade dele é o comportamento reprodutivo de mamíferos.
Especificamente ele estuda os primatas. E, fortuitamente, conversando depois do
culto de domingo, ele te diz que o comportamento de corte, de conquista entre
os bonobos, chimpanzés, gorilas e humanos é praticamente o mesmo. O macho que
quer “conquistar” a fêmea se exibe para ela, grita mostrando a força de seus
pulmões, mostra força trazendo comida para ela diariamente. Esse macho é capaz
de isolar uma área privilegiada para a fêmea se abrigar do calor ou do frio da
noite.
Guardadas
as devidas diferenças, você lembra que teve um comportamento parecido quando
começou a namorar sua esposa: você usou o melhor perfume que tinha, abria e
fechava a porta do carro para ela, foram a bons restaurantes, viram bons
filmes. Você sempre procurou estar com a barba feita (ou sem barba), falava de
modo tranquilo, o cabelo sempre arrumado. E isso tudo foi lembrado durante
aquela conversa de alguns minutos. No final da conversa, seu amigo biólogo lhe
diz que essas semelhanças são por causa da origem comum que os humanos e os
macacos tiveram ao longo da história.
Para
arrematar a conversa, seu irmão, biólogo, diz que evolutivamente era de se
esperar um comportamento parecido entre os humanos e seus semelhantes mais
próximos. Da sua parte, nessa conversa hipotética, você diz que o comportamento
é semelhante porque o Criador os fez semelhantes. Qual de vocês está certo?
Essas duas maneiras de explicar o comportamento parecido entre primatas e
humanos são incompatíveis? Elas estão em conflito?
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