segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Os cultos do final de semana

Este final de semana fui a alguns cultos. Um deles aconteceu na casa de um amigo e na minha casa. Um deles foi em um cemitério e o último deles foi numa convenção de tatuadores. Não participei de todos eles, mas, pelo menos, fui a eles.

Isso é bem interessante: você participa dos cultos em que comparece? Se bem que há várias possibilidades e maneiras de participar. Quando vou a um show, participo do show? Eu não subo no palco, não toco e não canto com a banda, mas de alguma maneira eu acabo participando do show. E de um culto? Será que podemos, passivamente, participar de um culto a Deus?

Hoje em dia, percebo muitos cultos acontecendo no dia a dia. Nas academias, o culto é ao corpo, forma física e a aparência. O que move esse culto é o exibicionismo, a necessidade de ser percebido e o ego. Nos restaurantes, o culto é à gastronomia. A motivação para esse culto nem sempre é a necessidade de se alimentar. Mas os elementos desse culto são prazerosos: cheiro, cor, textura, ambiente, bebida, temperatura são alguns dos componentes desse culto.

O culto à memória dos que faleceram é muito forte. A lembrança dos que partiram, do legado que deixaram é muito presente nas culturas. O interessante é que um tema como a morte evocar tanta manifestação. A pessoa pode ser uma desconhecida na multidão, mas sempre tem alguém que se manifesta. É muito triste quando uma pessoa morre na solidão da vida, sozinha e abandona. Quando vamos a um cemitério isso fica muito evidente.

Ninguém cultua o que não aprecia ou o que não conhece. Até ateus prestam seu culto, seja para a intelectualidade, para o conhecimento, para a família, etc. Não tem jeito. O ser humano é um cultuador. Através do culto a pessoa se conecta com o cultuado e estabelece uma relação de existência com seus pares.

Um dia, uma mulher perguntou a Jesus Cristo onde era o lugar correto de se prestar um culto a Deus. Jesus respondeu dizendo a ela sobre a atitude que o cultuador a Deus deve ter. Não é num monte nem em um templo, mas com um coração que seja aceitável a Deus.

O cadáver enterrado não participa do culto que lhe é prestado. A comida ingerida no restaurante nem sabe que está participando de um ritual. A academia pode estar vazia, mas fico me olhando e me admirando na frente do espelho. No culto a Deus não tem jeito, eu e Ele temos que estar presentes. No meu caso, meu coração deve estar do jeito que Ele prescreveu, "em espírito e verdade". Se eu estiver de outra forma tentando cultuar a Deus, mesmo assim Ele estará presente, mas dificilmente vai gostar do que vai receber.

2 comentários:

Unknown disse...

Obrigado Marcos, Mais uma vez vc foi ao ponto vital do ser humano : sua alma ! E invariavelmente como descreveu, ela está desconectada do seu "dono-feitor-senhor", ocupando-se tão e somente de si mesmo, como dizem "do seu umbigo". Suas palavras servem, no mínimo, para nos acordar quanto a nossa cerne, e cuidando para que tenhamos cuidado com o nosso mais precioso bem : nossa união com Nosso Salvador (a sua semelhança) - vou prestar mais atenção ao que acontece comigo e ao meu redor.

Marcos David Muhlpointner disse...

Querido Roveri, essa busca é de todos nós. Ao ir nesses cultos no final de semana e não ir na Comuna, senti-me "nu", desprotegido, carente da relação com o nosso Mestre.

Obrigado por suas palavras...
Abraço, Marcos.

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