sábado, 2 de maio de 2009

Quando se está só - Parte 1

Estou me tornando uma pessoa muito sensível. Em alguns círculos eu seria chamado de “afetado”, mas se você ler esse texto até o final, acho que não vai concordar com isso. Há algum tempo, pouca coisa mexia com meu humor. Uma das coisas que não dava muita impostância era ser esquecido pelas pessoas. Por exemplo, nunca me importei quando não me ligavam para perguntar como estava. Na verdade alguém sempre ligava.

Hoje isso não acontece mais. Quando escrevo um texto novo sempre mando um email para muita gente convidando-as para ler e, se quiserem, comentar. Pelo que recebo de resposta das pessoas, poucos se comunicam comigo. Para você ter uma idéia, quando muitos se comunicam comigo, esse número não passa de 10 pessoas. Meu Orkut tem mais de 500 pessoas - na maioria meus alunos. Contudo, dos que têm acesso ao meu blog e a esses emails que eu mando, somam-se quase 100 pessoas.

Estou escrevendo isso porque estou sentindo muita falta de me relacionar com as pessoas. Pessoas que conheço há muito tempo, pessoas que conheço há pouco tempo. Pessoas que antes tinham intimidade comigo e perderam com o tempo. Pesssoas que estou conhecendo e gostaria de aumentar a intimidade. Pessoas da antiga igreja local e os da atual igreja local. Pessoas da primeira família e da mais nova família que tenho. Pessoas com quem trabalhei e as com quem trabalho atualmente.

Simplesmente uma necessidade básica de conversar (por telefone, email ou pessoalmente), de ver, de sentir, abraçar e tocar. Ouvir o que as pessoas pensam, falar para elas o que eu penso. Quero concordar com elas, discordar delas, chegar a consensos, ter minhas opiniões mudadas por argumentos mais inteligentes que os meus, levar as pessoas a refletirem sobre o que falo. Querer relacionar-se com os amigos é ser afetado? Alguns dias são tristes por causa dessa distância.

Devo confessar que na maioria das vezes o causador desse distanciamento sou eu mesmo. Eu não sou fácil! E a Cyntia sabe disso muito bem!!! Mas, graças a Deus, estou mudando. Antes eu mesmo não queria relacionamentos. Hoje eu os quero. Passei alguns anos indo a uma igreja sem ser conhecido por ninguém. Por um lado era bom, pois não corria risco de criar vínculos desagradáveis. Por outro lado, guardo poucas recordações daquele lugar.

Se você chegou até aqui e sente-se da mesma maneira que eu me sinto, não se sinto só mais. Vamos caminhar juntos. Meu email é marcos.david.m@uol.com.br. É só clicar e escrever.

4 comentários:

Léo disse...

Fala Marcão,é o Léo.
Cara,o seu texto é muito do que eu sinto em minha vida.
Sempre fui um cara extremamente solitário,e mesmo com todos esses anos(7 anos,para ser preciso) que eu aceitei a Jesus como meu Salvador e mesmo convivendo com um monte de gente,sempre vivi sozinho,mesmo namorando(e o namoro esta bem complicado agora)me sinto sozinho,emfim..............a solidão sempre me acompanhou,ajuda a isso só eu ser convertido da minha familia(sabe aquela história de ovelha negra,rebelde,maconheiro,roqueiro e tal..........),é algo complicado para conseguir lidar,fiquei bem agressivo e rancoroso por causa disso,só pela graça que em alguns momentos eu me sinto junto com o Pai,é legal voce dividir essas coisas,eu normalmente não divido isso.
Obrigado pelo texto e pela sua amizade,por que eu sempre curti gente diferente(biologo,curte Maiden e tal.)um abraço e fica com Deus.

Jorge Fernandes Isah disse...

Marcos,
Estou à sua disposição. Vamos lá, fale comigo, por favor!...
É interessante como somos capazes de nos abrir para uma multidão de desconhecidos, e inaptos para fazê-lo com os mais próximos. Você tocou no ponto de que cada um de nós é culpado ou causador dessa indiferença e distanciamento. Qual a última vez que ligou para um amigo? Ou será que somos capazes de apenas receber ligações? Qual a última visita feita a um parente que não se vê há anos? Mas esperamos que ele nos procure (se for bem vindo) ou não (se for um chato), porém, não arredamos o pé do nosso comodismo e conforto em favor dos outros.
É uma crítica que serve tanto para você, para mim, como para qualquer um, em especial aos crentes, que têm adotado o distanciamento e o individualismo mundano, quando o papel principal da Igreja é a comunhão, com Deus e os santos.
O mesmo se refere a Cristo. Esperamos que Ele nos procure, e nos esquecemos de buscá-lO. Estamos sentados confortavelmente em nossa salvação, enquanto muitos queridos e não queridos caminham rapidamente para o Inferno. É mais fácil deixar a responsabilidade para o próprio Deus, visto ser Ele quem salva ou não, e negligenciar o chamado que cada um de nós tem de proclamar o Evangelho.
No fim das contas, somos egoístas demais para buscar, e ávidos por receber.
Se fóssemos obedientes, ouviríamos a voz do Senhor: "Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros... sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus (Ef 4.32; 5.21), e "Cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros" (Fp 2.3-4).
Em suma: o pecado nos leva ao isolamento e distanciamento e, portanto, como seremos sal e luz no mundo caído?
Se ao invés de preocuparmos excessivamente conosco mesmo, com nossos problemas e aflições, e olhássemos um pouco mais para os familiares, vizinhos, colegas de trabalho e escola, para os irmãos na Igreja, provavelmente essa solidão seria menos agressiva. Isso ocorrerá se estivermos realmente interessados em compartilhar, e permitir que os outros compartilhem conosco.
Mas o princípio norteador é a obediência a Deus, sujeitando-nos a Ele, o qual prescreveu em Sua palavra o antídoto para todos os males do mundo; porém, não basta somente ouvi-la, temos de praticá-la.
Seu post é um alerta para que todos nós sejamos crentes melhores. Somente assim o nome do Senhor Jesus será glorificado por nossas vidas.
Abraços.

Rute Ana Teles disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Trabalho & Geografia - EJA disse...

Boa noite,
Liguei-me no seu texto do inicio ao fim e concordo plenamente. Passo por uma situação parecida. Ao mesmo tempo q estou diante de muita gente, me sinto sozinha. Isso ano é fácil.!!
Gostaria tanto de ter com quem trocar idéias e conhecimentos, opiniões, sugestões. Tenho certeza q posso ajudar e ao mesmo tempo ser ajudada, mas acho tão difícil me relacionar ... Porque somos assim??? Ninguém nunca me responde com clareza. Soh sei que aki, diante do computador eu “me satisfaço” um pouco, onde posso falar, na esperança de ser ouvida.
Vc está mudando, ou jah mudou talvez. Eu ainda não. Até na igreja onde congrego me sinto soh. Na verdade eu soh não me sinto sozinha na sala de aula ensinando...
Mudando de assunto e aproveitando a oportunidade, conheci hoje o seu blog graças a sua participação no Vejam só. O assunto do programa foi interessante: as idéias evolucionistas. Esse eh um tema q eu sempre tive dúvidas e ali ficou tudo claro. Amei!
Eu sempre fui de encontro com a idéia da evolução do macaco. Afinal, se o macaco se evoluiu, pq não se evolui mais, não eh? Mas, vc deixou claro para todos q estas evoluções estão acontecendo, e não partiu do macaco literalmente. Muitos da igreja não entendem essa evolução.
Tenho um colega biólogo que crê em Deus, porem me questiona muito sobre religião. A existência de Deus; a divindade de Cristo; pede-me uma explicação sobre a trindade. Às vezes fico sem palavras (confesso). Aproveito a oportunidade para lhe pedir (se possível) o envio ou indicação de textos q tratem do assunto. Terei o maior prazer em ler e passar para ele.
Voltando ao assunto inicial desse email, qual o seu “ segredo” para mudar a situação? Deixar de estar se sentindo soh? Preciso muito sair dessa situação.
Um forte abraço!
Deus te abençoe grandemente.

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