quinta-feira, 30 de abril de 2009

Arrependido por ter ido à igreja!

Há duas semanas fui visitar uma igreja “moderna”, filial da sede delas que fica na zona leste em São Paulo. Honestamente não sei dizer se ainda é uma igreja pentecostal. Acredito mesmo que já posso considerá-la como neopentecostal.


Ela tem tudo o que as igrejas modernas têm: som muito alto, pastor muito carismático, muita música, muitos avisos, pouca pregação da Palavra, muita prosperidade, muita exaltação às pessoas da liderança, atividades todos os dias e, infelizmente, pouca reflexão das pessoas.


Lembrei-me muito do principal líder dessa igreja no Brasil. Um homem que admiro muito ainda. Sempre o admirei. Desde que o conheci no final dos anos 1980 na igreja sede, esse pastor sempre foi uma referência para mim. Eles mantiveram, por anos, um culto semanal, todas as segundas, que lotava de gente ávida por ouvir a Palavra de Deus e cantar músicas belíssimas, como nunca antes foram feitas neste país para serem cantadas nas igrejas.


A sede continua lá até hoje. Muitas pessoas da minha época continuam lá. O líder sênior continua o mesmo. Um dos principais líderes de louvor é o mesmo até hoje (é bem verdade que essas pessoas já estão com cabelos grisalhos). A liderança feminina é a mesma. Mas quanta diferença daquele tempo até hoje. Fiquei muito triste. Eles perderam aquela simplicidade que tinham. Lembro-me que ficava pensando a semana toda sobre a exposição que era feita no domingo.


Eu e minha amiga Joice saímos da igreja radiantes de felicidade, sorriso nos lábios, convictos de nossa salvação, com o coração e a mente cheios de Cristo, da Sua palavra. Há duas semanas, não via a hora do culto acabar. Comentei com minha esposa que deveria ter levado meus protetores de ouvido. A pregação era cheia de chavões, repetição de palavras. E o que é pior, o pastor dessa igreja filial andava, falava, gesticulava e imitava o pastor sênior da igreja sede. Isso me entristeceu muito porque a individualidade e a personalidade de seus líderes era a beleza daquela igreja.


Não havia imitações, as pessoas tinham tudo em comum, porém ainda eram pessoas distintas umas das outras. A única semelhança que buscavam ali era a semelhança com Cristo e isso até no slogan da igreja está descrito. Enfim, saí de lá com a sensação que deveria ter ficado em casa. Se eu estiver errado, que Deus tenha misericórdia de mim. Se eles estiverem errados, que Deus tenha misericórdia deles.

Um comentário:

Jorge Fernandes Isah disse...

Marcos,
Essa sensação de estranheza sinto-a também quando vou à maioria das igrejas. É tanto "obaoba", estrelismo e apelo carnal; tanta euforia, gritaria e tribalismo, que parece mais uma guerra campal (bem ao estilo dos bárbaros).
E mesmo entre as igrejas históricas, com exceção da balbúrdia, o Evangelho de Cristo tem sido relegado e desprezado em favor do psicologismo e da auto-ajuda, do ufanismo do homem, ainda que incipiente.
E o pior de tudo é que a vida dos fiéis não é transformada, não se vê os frutos do Espírito; as igrejas crescem numericamente, e a luz vai-se apagando até extinguir.
É triste... por isso, desisti de visitar a maioria delas... o que não deve nos impedir de orar para que o Senhor tenha misericórdia e transforme-as.
O seu post é verdadeiro, mas também angustiante.
Abraços.

Três afirmações de que Deus e evolução não podem estar juntos

                 Foi com vontade de conhecer como o mundo físico funciona e como Deus criou todas as coisas, especialmente os animais, é que...