sábado, 1 de junho de 2013

A vaidade nossa de cada dia

Lucas 8:17  Nada há oculto, que não haja de manifestar-se, nem escondido, que não venha a ser conhecido e revelado.

Eclesiastes 1:2  Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade.

A Bíblia é um livro do qual muitas pessoas fogem. Há os que fogem de modo inconsciente. Fogem porque não a conhecem, não sabem como devem lê-la. Mas há outros que fogem da Bíblia de modo muito consciente. E, infelizmente, alguns destes que fogem da Bíblia, são justamente os que a conhecem. Nós que lemos e estudamos a Bíblia com uma certa frequência, somos confrontados com nossos pecados. Pois essa é uma das funções da Palavra de Deus: mostrar o que está oculto e escondido.

De acordo com Jesus, mais dia, menos dia, o que está oculto vai ser revelado. Portanto, enganamo-nos a nós mesmos se queremos esconder alguma coisa em nossos corações. Diante de Deus "todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas." (Hebreus 4:13). Esse é um dos versículos dos quais fugimos, tentamos esquecer, passamos por cima das nossas leituras. Quando refletimos que haveremos de prestar contas a Deus, somos obrigados a lembrar que não perdoamos "a todos os que nos têm ofendido". Somos forçados a lembrar do pecado oculto do nosso coração que ninguém conhece, mas que teimamos em largar porque gostamos de praticá-lo.

 Quando refletimos com a Bíblia aberta, somos obrigados a reconhecer que nosso pecado nos dá prazer no momento que o cometemos, para então, só depois dele consumado, reconhecermos que não deveríamos tê-lo praticado. É só depois que pecamos que sentimos nojo do pecado. Mas muitas vezes não fugimos dos nossos pecados e até os buscamos. Nesse momento em que escrevo minhas memórias teimam em me fazer dos meus desejos pecaminosos. E a Bíblia continua ecoando a sentença na minha cabeça: PECADOR, PECADOR!!!!!


 É aquele desafeto no meu trabalho que não quero perdoar - quem sabe um desafeto na igreja da qual sou membro, ou um parente da minha família que eu não gosto. Quem sabe é o nome que você construiu ao longo da sua carreira. De repente, você se orgulha das convicções que tem sobre a vida que te fazem sentir melhor do que outros. Você já se pegou achando que está sempre certo nas suas conversas com seu cônjuge ou com seus filhos! Você já percebeu que tudo tem que ser feito do seu jeito, da sua maneira e é incapaz de perceber que outras pessoas podem ter ideias melhores que as suas? Quantas vezes vocês fala coisas que um filho de Deus não deveria falar? E mesmo assim, arrogantemente diz que isso mesmo, no momento de raiva ou de descontração fala dessa maneira.

 Sabe o que é isso: TUDO É VAIDADE! Vaidade nossa que nossa opinião é melhor que a do cônjuge. Vaidade nossa que somos mais importantes do que realmente somos. Vaidade nossa que achamos que o outro precisa mudar para nós mudarmos. Vaidade nossa que achamos que já melhoramos em muita coisa e não temos mais que mudar. Vaidade nossa que achamos que podemos conviver com sentimentos de raiva e ira no nosso coração. Deus odeia essa atitude! Nós temos vaidade das nossas convicções e de como as defendemos numa conversa. É vaidade nossa dizermos que somos cristãos e não damos a outra face. É orgulho cristão não ajudar o necessitado, simplesmente porque achamos que tal pessoa pode "se virar sozinho", ou porque "se eu não fizer, alguém vai fazer".

Por que não nos livramos definitivamente daqueles pecados ocultos? Talvez porque sejamos mais fracos que esses pecados. Talvez não largamos nossos pecados porque ainda não buscamos a Deus como devemos. Tenho conhecido muitas pessoas que não abandonam os pecados porque não querem mudar o estilo de vida. Muitos desses não têm coragem de mudar porque se acostumaram a essa situação e vivem no conforto do pecado. As consequências ainda não são graves e é confortável viver desse jeito. Muitas pessoas não querem mudar de vida porque não conhecem outro tipo de vida. É pecado atrás de pecado e vaidade em cima de vaidade.

Cabe refletirmos nisso ouvindo a música do João Alexandre - Vaidade
 

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