sexta-feira, 4 de junho de 2010

Convite de Amor - esse eu dispenso!

O nosso dial está cheio de estações evangélicas de rádio. Tem rádio evangélica pra todos os gostos. Certo dia, tentando ouvir alguma música que me edificasse, comecei a ouvir a música Convite de Amor, composta por um famoso missionário internacional aqui do Brasil. Queria ouvir alguma música interessante e, em certo aspecto, essa música é interessante.

Lá pelo meio da letra, o “inspirado” compositor escreve o seguinte:

A decisão é sua; dela, Deus não pode participar
Você é o responsável pelo seu destino eterno
Jesus bate a porta, abra correndo para Ele entrar

Se você quiser ver um clipe dessa música, clique aqui.


Creio ser de muita arrogância a atitude que ele assume de Deus poder não participar da escolha de uma pessoa para sua própria salvação. Quer dizer que Deus, que propôs Jesus Cristo para salvação da humanidade, que regenera o coração do homem, que perdoa os nossos pecados, que nos imputa a justiça de Jesus Cristo, não pode participar da escolha de alguém querer ser salvo? Nem estou questionando o fato de uma pessoa, morta em seus pecados, não ser capaz de escolher a Cristo. Ora, se a pessoa está morta espiritualmente, como poderá escolher a Deus, que é espírito (João 4:24)? A teologia do missionário é tão falha que ele tira Deus daquilo para o qual Ele mesmo enviou Seu Filho, salvar os pecadores (Mateus 1:21; 18:11).


Agora, a segunda frase do coro é mais ridícula ainda. Gostaria de saber o que o missionário pensa desse versículo: “Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; e tu lhe puseste limites, e não passará além deles.” (Jó 14:5). Se eu sou o responsável pelo meu destino eterno, não preciso mesmo de Deus. Talvez eu precise mais da ajuda do missionário do que de Deus! Imagine que nós, como seres finitos que somos, somos responsáveis pela nossa eternidade. Deixe-me refrescar a sua memória e a do missionário que Adão foi colocado por Deus como responsável pelo destino da raça humana e falhou. E olha que Adão fora criado sem nenhum pecado, ele era absolutamente perfeito. Quanto a nós, que já nascemos em pecado, pobre de nós. Isso é que dá colocar um microfone e uma câmera de televisão na frente de gente despreparada e sem conhecimento da Palavra de Deus.


Na terceira frase, o missionário-compositor aconselha os ouvintes a abrir a porta correndo para Jesus e eu pergunto, para quê? Se Deus não participa das minhas escolhas, se eu mesmo determino (como ele gosta dessa palavra!!!) meu futuro eterno, qual é a necessidade de Jesus na minha vida? Se da minha decisão de ter a vida eterna Deus não pode participar, para que preciso abrir a porta correndo para Jesus? É tão absurda essa idéia do missionário, que se fosse verdadeira, como vamos entender esse texto: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5)? Essa teologia de que o homem pode decidir se quer ser salvo ou não erra, entre outras coisas, no fato que, até mesmo nossa vontade de querer ser salvo parte do próprio Deus, “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” (Filipenses 2:13).


Isso sem falar na última frase da música que diz que Jesus é a melhor opção. Senhor missionário, Jesus não é a melhor opção, Ele é a ÚNICA opção que existe.


Tenho a impressão que vou continuar na vontade de escutar alguma boa música cristã no rádio!!!

Um comentário:

Jorge Fernandes Isah disse...

Marcos, meu irmão!

Clara, propositiva e bíblica explicação. Mas para os "missionários" e outros tantos "cristãos", Deus é um mero coadjuvante, pois toda a história gira em torno do homem; e, para eles, provavelmente, a eternidade também. Doce ilusão...

Como está escrito: "Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure" [Jo 12.40].

Mais claro, impossível!

Grande abraço!

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