sexta-feira, 4 de junho de 2010

Minha confissão de fé

Inspirado por um recente post do Dr Augustus N. Lopes, decidi escrever, de forma resumida, a maneira como encaro a Bíblia, seus ensinos e a maneira como creio neles. Muitos vão se identificar com a maneira como creio. Outros, vão discordar num ou outro ponto. Mas assim como o Dr Augustus, hoje ouço quem quer que seja, desde liberais até ortodoxos. Graças a Deus livrei-me do ranso que muitos calvinistas têm de desprezar quem pensa diferente. Aí já foi a dica. Penso de forma calvinista, mas não estou preso a ele.


1. Eu creio no verdadeiro e vivo Deus, que subsiste em três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É invisível, pessoal, onipresente, eterno, não depende de ninguém, imutável, sincero, digno de confiança, poderoso, soberano, onisciente, justo, santo, bom, amoroso, misericordioso, longânimo e gracioso.


2. Eu creio que o Deus todo-poderoso revelou tudo que é necessário para a vida e salvação nos 66 livros das Sagradas Escrituras que são a Palavra de Deus. Toda a Escritura foi dada por inspiração de Deus, é infalível e inequívoca e o árbitro final em todas as discussões. Sua autoridade é derivada do Seu autor e não das opiniões dos homens.


3. Eu creio que Deus criou nosso primeiro pai Adão perfeito, santo e íntegro. Ele foi colocado como representante e cabeça da raça humana, da tal modo a expor toda sua descendência aos efeitos da sua obediência ou desobediência às ordenanças de Deus.


4. Eu creio que Adão caiu de sua justiça original em pecado e trouxe sobre si mesmo e toda sua descendência morte, condenação e pecado.


5. Eu creio que é completamente impossível ao homem decaído, por si mesmo e sem a atuação de Deus, amá-lO, guardar Suas leis, entender o evangelho, arrepender-se dos pecados ou crer em Cristo.


6. Eu creio que Deus antes da fundação do mundo, para Sua própria glória elegeu um inumerável número de homens e mulheres para a vida eterna como um ato da Sua livre e soberana graça. Essa eleição não foi, de maneira nenhuma, dependente de Sua previsão de fé do homem, ou sua decisão, obras ou méritos.


7. Eu creio que Deus enviou Seu Filho ao mundo, concebido da virgem Maria pelo Espírito Santo, sem pecado, sendo Deus e homem, nascido sob a Lei para viver uma vida de justiça em favor do Seu povo eleito.


8. Eu creio que o Filho de Deus morreu no Calvário para efetuar propiciação, redenção, reconciliação e expiação para Seu povo eleito. Deus propiciou evidência para a Sua aprovação da obra de Seu Filho ressucitando-O dentre os mortos.


9. Eu creio que o Filho de Deus ascendeu à destra do Pai e está entronizado em glória, onde intercede em favor do Seu povo e governa todas as coisas para Sua própria glória.


10. Eu creio que Deus, o Filho, enviou o Espírito Santo para atuar em consonância com a pregação da Palavra. O Espírito de Deus regenera o pecador eleito e o atrai à fé em Deus de maneira irresistível.


11. Eu creio que os eleitos, aqueles que são cheios por graça, são justificados aos olhos de Deus de acordo com a justiça de Cristo imputada a eles, que é recebida apenas pela fé.


12. Eu creio que todos aqueles que são chamados, regenerados e justificados serão preservados em santidade e nunca cairão do seu estado de graça.

13. Eu creio que o batismo e a Ceia do Senhor são ordenanças do evangelho pertencentes apenas aos regenerados.


2 comentários:

J.R.Roveri disse...

Caro irmão Marcos :
Gostei do seu artigo, que a meu ver não se trata de uma "roupagem" para nosso "Credo Apostólico", mas realmente de uma opinião pura, singela e sincera a respeito da nossa compreensão a respeito de nosso Mestre Jesus e seus ensinamentos assentados nas epístolas por sua inspiração.Até poderia discordar em alguns pontos, mas quanto ao "essencial" não há como se apor !! Parabéns pela síntese e fluência nas palavras que nos ajudam a entender melhor nosso Deus, por meio de alguém semelhante a mim e a Ele.Deus seja contigo.

Jorge Fernandes Isah disse...

Marcos,

assino a sua confissão de fé como se minha fosse. Ela é suficiente para o entendimento da fé bíblica; e para quem a subscrever, considerar-se um cristão bíblico.

Abraços.

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